quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Filhos do mundo

O Brasil é um país cujos impostos são uns dos mais caros do mundo. É rico em vegetação, tem um grande território, a agronomia desenvolve-se todos os dias, não faltam indústrias. Mas não é necessário andar muito para que vejamos crianças morando nas ruas. Filhos e filhas deste Brasil que vivem em situação de abandono largadas à própria sorte.
Passamos pelas ruas e vemos estes pequenos todos os dias, em suas faces a fome estampada, a desesperança e até mesmo a dignidade perdida. Em um país onde alguns têm mesa farta, onde há garotos que têm os brinquedos mais caros oferecidos pelo comércio, estes pobres meninos lutam por algo para forrar o pequenino estômago. Talvez eles brinquem com algum pedaço de sucata que encontram nas ruas, outras vezes talvez a fome não lhes dê vontade de brincar.
É difícil entender como chegamos a tal ponto, como a selva natural criada para todos os seres se tornou esta selva de pedras desigual e cruel, sem contar que na pré-história viver em cavernas parece muito mais confortável do que viver nas ruas com todos os seus perigos. Nesta sociedade que se considera tão evoluída, os que têm muito se vangloriam, os que têm mais ou menos disputam o seu lugar na sociedade e os que têm pouco se conformam, muitas vezes sem ter o conhecimento necessário para questionar sua própria existência.
O que podemos fazer para resolver tal problema? Temos que ter vergonha na cara! Vergonha na nossa cara por termos governantes tão inescrupulosos como a maioria que temos, vergonha por não cobrar nosso voto, que nos pedem em toda eleição mil promessas feitas com um sorriso falso em suas faces. A educação deveria ser prioridade de todo plano de governo, pois através dela que temos capacidade de lutar por nossos direitos. Estes pequenos filhos do mundo que se tornam filhos das ruas têm direito a uma moradia decente, todos temos. Este planeta foi feito para todos, é a nossa casa mãe-natureza, criada para o homem viver em paz. E o que podemos fazer de imediato? Não tratar esses pequenos como se fossem menos, como se fossem lixo, como se não merecessem ser tão felizes como nossos filhos.

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